9.8.10

Entre a rosa e o manjericão

Certo dia numa manhã de sábado ele desperta de sonhos intranquilos e percebe que tudo passou.
A juventude, os sorrisos bobos, as surpresas diárias, passaram.
A escola, o pão quentinho, a músicas, tudo passado.
Ele perdeu seu celular e percebe que nem precisava dele.
Anda na rua e não reconhece os rostos.
Ele não procura ninguem, espera ser encontrado.
As vezes dá um leve sorriso.
Afinal, a maturidade chegou, a barba e vários conhecimentos desnecessários que são úteis para a vida tambem.
A vida nas telas do cinema são seu refúgio.
Ele segue como numa música de Jorge Ben.


"Pois você passa e nem me olha, mas eu olho pra você,
 você não me diz nada, mas eu digo pra você,
 vc por mim não chora, mas eu choro por você, menina." 


A solidão a ele é engraçada, nunca a pediu, e no entanto caminha a seu lado.
O seu lado rock'n roll sempre o deixou são, e no entanto a noite o embriaga com lembranças de coisas que nem viveu.
A malícia entre seus dedos ainda não lhe ensinaram a transcrever todo sua fortuna.
A vida continua e ele não ficará sozinho no meio da rua
...
Certo dia numa manhã de domingo ele desperta de sonhos intranquilos...

Um comentário:

Maria de Nazaré disse...

olhe pra frente e respire fundo...