13.10.07

Reflexo na porta do ônibus

Eram dez pras treze horas e eu ja desistia de tentar convencer alguem naquele que era meu atual emprego, nesses ultimos quinze minutos tentava pensar em algo que não fosse sexo, por ser um tanto obvio. Arrumar um emprego descente é dificil, eles agora dizem: " - Você ganha devido ao seu esforço..." Baboseira, nenhum ali naquela sala era menos capacitado que o puto que dava ordens, mas invariavélmente todos fariam a mesma coisa se estivessem no lugar dele. Alguem grita: - Encerrado! arrumo meus papeis e saiu, na rua sol, calor, ar poluido, felicidade instantanea e o corpo pedindo comida. não consigo pensar direito sem comida, vou seguindo pelas barracas de camelô que se estendem pela Pres. Vargas até chegar a parada. Espero o Medice/Pres. Vargas enquanto vejo meu reflexo na porta dos demais onibus, me vejo e não me reconheço, ruas e mais ruas entrelaçadas de pessoas, vendendo e comprando, sobrevivendo ou passeando, sorrio em ver que dvds piratas e artefatos chineses são marcas do meu tempo, mas paro de sorrir quando vejo que isso não tem muita graça, ou mesmo a fome não deixa, tenho em mãos um ticket de transporte, o troco por moedas e sigo no Mercedes Benz para algum lugar... um garoto me pede ajuda através de jujubas, Belem tem disso. Quem tem fome tem pressa, a parada chega, o onibus se vai, e as palavras acabam-se.

12.10.07

Lapso

Invariavélmente meu aniversario sempre cai num sabado ou num domingo... (acho)